segunda-feira, dezembro 19, 2005

Atrás das nuvens

Com a chuva as estrelas pareciam fazer mais sentido
Atrás das nuvens tudo fica a nosso critério
Enquanto chovesse eu estaria bem
O medo era dos pensamentos que viriam com a estiagem
Antigamente costumava gostar do silêncio
Mas agora ele vem junto com pensamentos pesados
Como o de te querer mas não te ter
Ou o de ter coisas pra falar mas nao poder
No fim me resta o som da chuva e dos trovões
E na cabeça uma imagem das estrelas, agora encobertas
Enquanto penso em você
Torço para que elas sejam as mesmas ao estiar

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Quase Dia

Era uma noite fria, quase eterna
E lá estava ela por todos os lados
Dominando-me
Possivelmente sem saber
Apenas sei que passava por mim
A cada passo meu
Ela mentia, mas ela me tinha
E mesmo assim eu a via ali no chão
Eu a sentia e nem sabia a razão
Meu pensamento criava uma noite
Que parecia cada vez mais real
Formando um mundo diferente
Que no fundo era igual
A tudo que eu pensava
Ser impossível de sonhar

domingo, dezembro 11, 2005

Culpa intransmissível

Estará tudo bem se você ainda se lembrar do seu erro quando chegarem as consequencias
Mas falha por falha, vão todas sendo esquecidas, e você se lembra apenas dos acertos
O que você tem que se lembrar é que os acertos só precisam acontecer, e nada mais
E no fim você verá os resultados de cada um dos seus erros, mas não os reconhecerá

sexta-feira, dezembro 09, 2005

letras minúsculas...

oi menina,

deixe o mundo rodar
sorria dentro da sua jeans
para que eu possa ver
seus lindos dentes da frente

e nao se importe nunca
com meu jeito grosseiro
de ser romantico nesses versos
é dificil escrever pra você

eu só queria te ouvir dizer
que aquele mundo tambem é meu
ou que eu poderia estar ali
mas nao posso te ouvir

quem sabe eu te encontro por ai
quem sabe da segunda vez
eu tenha coragem de falar
ou talvez só precise olhar...

Chore

Chore
Depois se contenha e vá embora
E nao sofra nem mais um dia por mim
Lembre-se sempre de ser feliz
E as vezes até pense em mim
E sorria, antes de procurar
Qualquer novo motivo para me odiar

O reflexo dos teus olhos

Caminhas em frente a lojinhas fechadas
Nos vidros dos carros, nas poças no chão
Posso ver o teu olhar a brilhar
Mirando o nada com convicção
Enquanto andas por uma estreita calçada
De vão a vão
Sem notar ninguém, sem ninguém notar
Posso ouvir ao fundo uma melodia soar
Alguns capazes de muito, outros capazes de pouco. Enquanto os capazes de muito dizem que todos são igualmente capacitados, os capazes de pouco se dizem mais capacitados que todos os outros.

Tudo pareceria belo

A falta de sinceridade fazia belo aquele momento
Ela tinha o pensamento vago, ele tinha a mente vazia
Nas carícias mais proximas da realidade, pensavam um no outro
E juntos faziam aquele momento parecer apropriado
Mesmo que não se preocupassem em estar alí ou não
E nem mesmo no fundo imaginavam
Que um dia desejariam aquilo verdadeiramente
E que tudo alí pareceria belo
Diante do esquecimento e do novo brilho no olhar de cada um

Apenas apreciará o tal "futuro".

Virá. Aquilo que niguém sabe ao certo, aquilo que ninguém entende, e que todo mundo sonha, mas ninguém se lembra ao levantar. Ouso dizer mais, digo que não custará, e também que virá forte. Forte como os pensamentos do desocupado, como a morte do inocente, como a fraqueza...
Logo virá forte aquilo que ninguem destingue ao ouvir falar. O grande impossível, o que ninguém pode aprender lendo. É posível apenas imaginar, e quando você pensa que sabe do que se trata, você apenas imagina, e vôa com os pensamentos impossíveis enquanto é puxado para baixo pelos possíveis e reais, ficando assim até ouvir o grito. Aquele grito que todo mundo já ouviu. Um grito que se faz baixo por estar distante, e que diz que você só saberá na hora certa, quando forte vier e se tornar passado. No momento exato, apenas apreciará o tal "futuro".